O distúrbio de maior frequencia das desordens do neurônio motor superior é a espasticidade, caracterizada por uma hiperexcitabilidade dos reflexos miotáticos e cutâneos que fomentam o tônus muscular (hipertonia espástica). O propósito deste estudo foi fazer um levantamento literário analisando os aspectos neurofisiológicos e musculares possivelmente envolvidos na espasticidade e como a Toxina Botulínica do tipo A (TBA) age no controle e redução da espasticidade. Os resultados encontrados na literatura demonstram claramente melhora no tônus muscular de pacientes submetidos ao uso da TBA. Os testes que combinam a TBA e Fisioterapia, prevaleceram aos grupos de controle que foram somente submetidos à Fisioterapia ou a aplicação de TBA isolados. Ademais, estudos recentes sugerem a presença da TBA em circuitos do sistema nervoso central, provavelmente conduzida via fluxo axoplasmático retrogrado e transcitose. Os mecanismos envolvidos na espasticidade são ainda pouco compreendidos e os efeitos da TBA a longo prazo em humanos ainda não são bem conhecidos. Por este motivo, novas pesquisas deverão ser realizadas a fim de verificar a viabilidade e segurança de tratamentos empregando esta substância de efeito letal em seres humanos.
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Chinelato, J. C. de A., Perpétuo, A. M. de A., & Beck, E. K. (2001). Espasticidade. Revista Neurociências, 18(3), 395–400. https://doi.org/10.4181/rnc.2010.ip03.06p
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