Na dinâmica da especialização científica e da busca de um reconhecimento cientítico, as ciências sociais do turismo a princípio eram apenas a continuação das ciências do lazer. Foram os geógrafos sobretudo que mais explicitamente tentaram se afastar da referência sociológica do lazer, apoiando-se explicitamente na categoria espaço-deslocamento. Em seguida, os sociólogos se impuseram com as noções de voyeurismo e exploradores da mobilidade em rede, para designer respectivamente o turismo e o turista. Outro passo foi ultrapassado com a constatação da indiferenciação progressive e do comportamento turístico em relação às atividades da vida cotidiana. O turista está em toda e em nenhuma parte; pode-se ser turista em sua casa, na sua cidade ou no estrangeiro, com mídias cada vez mais interpostas. Conclui-se que turismo e turista constituem objetos históricos e portanto em constante mutação, delimitados por interesses de conhecimento também mutantes. Trata-se de uma realidade empírica que adquiriu progressivamente um significado cultural e, portanto, de um valor.
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Pronovost, G. (2019). A construção da noção de « turista » nas ciências sociais. Revista Hospitalidade, 159–169. https://doi.org/10.21714/2179-9164.2018v15n2.009
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