A cafeína é uma metilxantina de origem natural consumida mundialmente em alimentos e em associações medicamentosas, porém seus efeitos bem como o seu mecanismo de ação não são bem definidos de acordo com a literatura. O objetivo deste trabalho foi avaliar os benefícios e riscos ligados à associação da cafeína em medicamentos, bem como fazer comparação das doses citadas pela literatura com as encontradas nos medicamentos mais comercializados e nos alimentos mais consumidos no cotidiano da população. Foi feito levantamento de trinta e cinco medicamentos associados à cafeína mais vendidos em uma farmácia comercial de dispensação. Observou-se que a cafeína está associada a três classes de medicamentos mais utilizadas pela população, classificados farmacologicamente como analgésicos, antiinflamatórios e miorrelaxantes, sendo que 69% da dispensação destes medicamentos estava associada a busca espontânea por parte dos pacientes, 91% dos medicamentos apresentavam dose sub-terapêutica conforme literatura e em 75% dos casos a dose contida era inferior a 50 mg, dose esta consumida em alimentos por pessoa/dia. Assim, conclui-se que o emprego da cafeína em medicamentos ainda necessita de comprovação científica sobre seus benefícios e de estudos que definam critérios semelhantes aos de medicamentos para o uso da cafeína.
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LOPES, D. M., CARDOSO, J. L., FREITAS, R. F., & ROYO, V. D. A. (2013). AVALIAÇÃO DA CAFEÍNA EM ASSOCIAÇÕES MEDICAMENTOSAS. Infarma - Ciências Farmacêuticas, 25(2), 71–75. https://doi.org/10.14450/2318-9312.v25.e2.a2013.pp71-75
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