Resumo A Arqueologia do Colonialismo no Brasil tem sido concebida na última década na tentativa de descolonizar o seu campo de pesquisa. Passou a perceber e a construir histórias de persistência, valorizando múltiplas perspectivas e ontologias. Este estudo faz uma comparação entre três conjuntos cerâmicos e interpreta a relação peculiar entre Tupiniquim e portugueses como aliados e parceiros no processo colonial de São Paulo. As mulheres tupiniquim se apropriaram e transformaram o “outro português” e sua tecnologia em uma das materialidades coloniais - a cerâmica paulista. Tal fato não significou perda cultural, mas sim persistência de práticas por cinco séculos.Abstract The Archeology of Colonialism in Brazil of the last decade is thought to decolonize the field. It has begun to reveal and build stories of persistence, valuing multiple perspectives, and ontologies. This study compares three types of ceramics and interprets the relationship between Tupiniquim and Portuguese as allies and partners in the colonial process of Sao Paulo. The women appropriated and transformed the “Portuguese other” and their technology into one of the Tupiniquim colonial materialities - the paulistaware, which signifies not a cultural loss, but cultural persistence of practices for five centuries.Resumen La arqueología del colonialismo en Brasil ha sido concebida desde la última década como el intento descolonizador de su campo de investigación. Ha buscado percibir y construir historias de persistencia, valorando perspectivas y ontologías múltiples. Esta investigación hace una comparación entre tres conjuntos alfareros e interpreta la relación peculiar entre los Tupiniquim y los portugueses cómo aliados y compañeros en el proceso colonial de São Paulo. Las mujeres Tupiniquim apropiaron y transformaron el “otro portugués” y su tecnología en una de las materialidades coloniales: la cerámica paulista. Este hecho no significó una pérdida cultural, y si la persistencia de prácticas por cinco siglos.
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Noelli, F. S., & Sallum, M. (2019). A cerâmica paulista: cinco séculos de persistência de práticas tupiniquim em São Paulo e Paraná, Brasil. Mana, 25(3), 701–742. https://doi.org/10.1590/1678-49442019v25n3p701
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