Resumo: O propósito do estudo foi analisar as respostas de alunos de medicina da Universidade de Brasília ao Inventário de Estilo de Aprendizagem (IEA) e suas relações com a adaptação inicial ao curso quanto a efeitos no aprendizado e nas opções e expectativas dos aprendizes. O IEA foi aplicado no terceiro semestre a 911 alunos de ambos os sexos, no decorrer de 14 anos, juntamente com o Questionário de Valorização do Curso e um levantamento da preferência por carreira futura. Os resultados mostraram forte predominância de conceituação abstrata entre os participantes e associação significante do estilo ao sexo, mas não à idade. Em conjunto, alunos com estilo concreto (adaptativo + divergente) revelaram menores índices de desenvolvimento pessoal e fortalecimento cognitivo do que os demais, mas sem diferenças no rendimento acadêmico. Observaram-se, também, associações significantes entre estilo e preferência por carreira. O estilo ativo foi fator preditivo para o exercício de monitoria, embora bem menos importante do que o rendimento acadêmico global. Os achados demonstraram relações significativas, embora de impacto limitado, entre o estilo de aprendizagem e aspectos de valorização do aprendizado, indicação de preferência por área de atuação e realização de atividade de monitoria.Abstract: The purpose of this study was to assess the patterns of medical students' responses to Kolb's Learning Style Inventory (LSI) and their relationship to students' adaptation to the medical program as revealed by learning outcomes and personal choices. The LSI was administered to 911 second-year students of both genders during a 14-year timeframe, together with the Course Valuing Inventory and a survey of initial career preference. The results showed strong predominance of abstract conceptualization among the participants and significant association of style with gender but not age. Overall. concrete-style students (accommodators + divergers) showed weaker scores of personal development and cognitive enhancement than the others, but no loss in academic achievement. An additional finding was the significant relationship between style and career preference. Active style was a predictive factor for peer tutoring activity, although of much less importance than overall academic achievement. In conclusion, the findings evidenced meaningful, albeit small, relationships of individual learning style with features of self-assessment of learning outcomes, early career preference, and peer tutoring activity.
CITATION STYLE
Sobral, D. T. (2005). Estilos de Aprendizagem dos Estudantes de Medicina e suas Implicações. Revista Brasileira de Educação Médica, 29(1), 5–12. https://doi.org/10.1590/1981-5271v29.1-002
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