A Psicologia Brasileira e os Povos Indígenas: Atualização do Estado da Arte

  • Ferraz I
  • Domingues E
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Resumo De acordo com o último censo do IBGE (2010a), 0,4% da população brasileira é composta por indígenas, população que vem aumentando nos últimos anos e cresceu 39% em relação ao censo de 2000, embora ainda continue sendo uma população invisibilizada e só recentemente tenha começado a ser estudada pela Psicologia. Como marcos da recente aproximação da Psicologia com a temática indígena, destacamos: o relatório do seminário “Subjetividade e Povos Indígenas” (2004) e o livro “Psicologia e Povo Indígenas” (2010). O objetivo deste estudo é atualizar o estado da arte sobre os povos indígenas na Psicologia no Brasil, considerando duas bases de dados o PePSIC e a SciELO. Utilizando como palavras-chave “indígena” ou “índio” em toda coleção na primeira base e somente nas revistas de Psicologia na segunda, encontramos um total de 25 artigos, os quais foram lidos na íntegra e agrupados de acordo com os temas estudados. Concluímos que os artigos encontrados se caracterizam, por um lado, pela interdisciplinaridade, e por outro, pela falta de um referencial teórico bem-definido específico da área da Psicologia. Entendemos que a complexidade da temática demanda um olhar interdisciplinar, no entanto, a escassez de referências específicas da Psicologia nos indica que ainda temos muito a avançar, possivelmente pela aproximação recente da Psicologia com o estudo da temática e também pela própria constituição da Psicologia enquanto ciência pautada principalmente por tradições individualistas, que destoam das tradições indígenas que se baseiam principalmente no coletivismo.Resumen Según el ultimo censo del IBGE (2010a) el 0,4% de la población brasileña esta compuesta por indígenas, población esta que es cada vez mayor y creció 39% en relación al censo llevado a cabo en 2000, aunque continua a ser una población que no es visible y que solamente ahora empezó a ser estudiada por la Psicología. Como hitos de la reciente enfoque de la Psicología acerca de las cuestiones indígenas, destacamos: el informe del seminário “Subjetividade e Povos Indígenas” (2004) y el libro “Psicologia e Povo indígenas” (2010). El objetivo de este estudio es actualizar el estado del arte acerda de los pueblos indígenas en la Psicología brasileña, teniendo en cuenta dos bases de datos: PePSIC y SciELO. Las palabras clave utilizadas eran “indígenas” o “indios” a lo largo de la colección en la primera base y sólo en revistas de psicología en la segunda y se encontraron un total de 25 artículos que fueron leídos íntegramente y agrupados conforme el tema. Se concluí que los artículos encontrados son caracterizados por su interdisciplinariedad y por la escasez de referencias a las teorías bien definidas y específicas de la Psicología. Entendemos que la complexidad del tema necesita una mirada interdisciplinaria, sin embargo la escasez de referencias especificas de la Psicología, nos muestra que todavía hay mucho a avanzar, posiblemente por el aproximación recente de la Psicología a los estudios del tema y también por la propia constitución de la Psicología como ciencia basada principalmente en tradiciones individualistas que es diferente de las tradiciones indígenas, que son basadas en el colectivismo.Abstract According to the last census of IBGE (2010a) 0,4% of Brazilian population is composed of indigenous, this population has increased in recent years and grew 39% compared to the 2000 census, although they continue being a invisibly population and just recently has begun to be studied by Psychology. The landmarks of the recent approach of Psychology to indigenous issues, detached: the seminar report “Subjetividade e Povos Indígenas” (2004) and the book “Psicologia e Povos Indígenas” (2010). The goal of this study is to update the state of the art on indigenous peoples in Psychology in Brazil, considering PePSIC and SciELO databases. Using as keywords “indigenous” or “Indian” throughout all the collection in the first databases and only in psychological journals in the second, we found 25 papers that have been read in full and grouped according to the subjects studied. We concludes that the articles found are characterized, first, by interdisciplinary, and secondly, the lack of specific well-defined theoretical framework in the area of psychology. We understand the complexity of the subject demands an interdisciplinary approach, however the lack of specific references Psychology tells us that we still have much to learn, possibly by the recent approach of psychology to the subject and also by the very constitution of psychology as science guided mainly individualistic traditions that are different of indigenous traditions, which are based on collectivism.

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Ferraz, I. T., & Domingues, E. (2016). A Psicologia Brasileira e os Povos Indígenas: Atualização do Estado da Arte. Psicologia: Ciência e Profissão, 36(3), 682–695. https://doi.org/10.1590/1982-3703001622014

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