RESUMO: Objetivo: Analisar o efeito do uso de capacete na gravidade de lesões em condutores e passageiros de motocicletas envolvidos em acidentes de trânsito. Métodos: Estudo de corte seccional sobre vítimas de acidentes de transporte terrestre envolvendo motociclistas, atendidos nos serviços de urgência e emergência e participantes do Inquérito de Vigilância de Violências e Acidentes (Viva Inquérito) 2017. Resultados: Verificou-se predomínio de indivíduos na faixa de 18 a 29 anos (46,6%), negros (75,2%) e com ensino médio (50,6%). Em 14,1% dos acidentes houve relato de uso de álcool. O uso do capacete reduziu em 76% a ocorrência de trauma cranioencefálico e em 28% a ocorrência de encaminhamento para outro hospital, internação ou óbito. Conclusão: Motociclistas jovens, negros, de baixa escolaridade e do sexo masculino apresentaram-se mais vulneráveis aos acidentes. O uso do capacete mostrou-se protetor para lesões graves.ABSTRACT: Objective: To analyze the effect of helmet use on injury severity among motorcyclists and passengers involved in traffic accidents. Methods: Cross-sectional study of traffic accidents involving motorcyclists attended at the emergency healthcare units participating in the Violence and Accidents Survey Conducted in Sentinel Emergency Departments (Viva Survey) 2017. Results: There was a predominance of individuals aged 18 to 29 years old (46.6%), black (75.2%), with high school education (50.6%). Alcohol use was observed in 14.1% of cases. Helmet use was associated with a 76% reduction in the occurrence of head trauma and a 28% reduction in the referral, hospitalization or death. Conclusion: Young, male, black individuals and those with low education were the most frequent victims of accidents. Helmet use was protective for severe injuries.
Mendeley helps you to discover research relevant for your work.
CITATION STYLE
Souto, R. M. C. V., Corassa, R. B., Lima, C. M. de, & Malta, D. C. (2020). Uso de capacete e gravidade de lesões em motociclistas vítimas de acidentes de trânsito nas capitais brasileiras: uma análise do Viva Inquérito 2017. Revista Brasileira de Epidemiologia, 23(suppl 1). https://doi.org/10.1590/1980-549720200011.supl.1