Este artigo propõe pensar como sujeitos negros, economicamente privilegiados; posicionam-se em relação às ações afirmativas e a democratização do ensino superior público. Para alcançarmos os nossos pontos de análise, realizamos a construção de quatro narrativas com sujeitos autodeclarados negros e da classe média que estivessem envolvidos em alguma política e/ou grupo antirracista. O que podemos perceber é que a experiência de ser negro e pertencer a contextos econômicos médios redimensiona a leitura sobre as políticas de cotas para além da reserva de vagas para sujeitos populares nas instituições de ensino superior. Nessa direção, os sujeitos de pesquisa situam a ação afirmativa como sendo uma política econômica; mas, sobretudo, uma produção acadêmico-política que se desloque do elitismo brancocentrado da universidade. A política afirmativa, assim, é lida enquanto um projeto antirracista para a universidade e a sociedade como um todo
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De Castro, R. D., & Mayorga, C. (2018). Classe Média Negra Universitária: por um projeto de sociedade afirmativa. Revista de Estudos e Pesquisas Sobre as Américas, 12(3), 175–203. https://doi.org/10.21057/repamv12n3.2018.29803
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