Biofábricas para produção de micopesticidas no Brasil: oportunidades de negócio e inovações / Bio-factories for the production of mycopesticides in Brazil: business opportunities and innovations

Abstract

Aumentar a quantidade de agentes de controle biológico é um dos desafios a serem vencidos para a eficiência na agropecuária brasileira, por isso são necessários aumentar e melhorar as biofábricas que tornam a produção desses agentes possível. Portanto, as instituições de pesquisa precisam apoiar empresas através de pesquisas com sistemas de produção, seleção de cepas e transferência de tecnologia para que o Brasil consiga aumentar as áreas de aplicação com agentes de controle biológico, com qualidade e eficiência. A Unidade Laboratorial de Referência de Controle Biológico, CAPSA, Instituto Biológico/APTA/SAA-SP, Campinas-SP, realiza transferência de conhecimento e tecnologia para produção de fungos entomopatogênicos desde o ano 2000. Esta unidade abriga a Coleção de Fungos Entomopatogênicos “Oldemar Cardim Abreu”, cadastrada como fiel depositária no CGEN/MMA. Com a demanda por inseticidas microbiológicos crescendo, alguns isolados, selecionados da coleção, para o controle de Mahanarva fimbriolata na cana-de-açúcar, Deois flavopicta em pastagens, como o IBCB 425 de Metarhizium anisopliae e IBCB 66 de Beauveria bassiana para o controle de Cosmopolites sordidus em banana, Dalbulus maidis em milho, Tetranychus urticae em hortaliças, e flores e Bemisia tabaci em diversas culturas, são referências para inseticidas microbiológicos aplicados na agricultura orgânica pelo Min. Agricultura Pecuária e Abastecimento - MAPA, de acordo com a normativa no. 3/2006 SDA/SDC, aumentando a demanda desses fungos no mercado, sendo necessário sua produção em massa. O curso COMINT – Curso de Controle Microbiano de Insetos – Fungos entomopatogênicos, o Instituto Biológico vem desenvolvendo o programa de biofábricas para a produção desses microrganismos, sendo mais de 800 pessoas treinadas no curso, com 83 empresas assessoradas até 2020, somente para produção por meio de cultura sólido, em arroz. Através de uma assessoria anual, o programa visa a implantação da biofábrica, com projeto de construção ou adaptação da estrutura, treinamento de funcionários, fornecimento das cepas autorizada para bioprospecção e análises quali-quantitativas e de estabilidade dos inseticidas microbiológicos produzidos. As oportunidades de negócios para novos empreendimentos e inovações com novos processos de produção e formulações são enormes, dando condições para “startups” com interesse nesse negócio, com financiamentos de órgãos do governo ou mesmo privados. A limitação específica ainda é a legislação para registro de produtos biológicos e a Lei da Biodiversidade.