Em nível elementar, mas rigoroso, desenvolve-se o conceito de retornos àescala. Argumenta-se que retornos crescentes ou constantes não são compatíveis com aexistência de mercados competitivos, pois se convergiria para um número pequeno deempresas, o que contradiz o mundo observado. A tese é que a curva de custo médiotenha forma de U. À direita do mínimo, prevalecem retornos crescentes, no mínimoretornos constantes, e à direita, retornos decrescentes. Em regime de competição, livrede imperfeições de mercado, a firma converge para o ramo de retorno crescente. Quando,no mundo real, se detecta retorno crescente ou constante, tem-se um sinal claro queas firmas estão enfrentando restrições devidas a imperfeições de mercado, as quais asimpedem de mover para o ramo de retornos decrescentes da curva de custo médio. Poristo, os resultados de modelos econométricos que detectam retornos crescentes ouconstantes devem levar o estudioso a indagar quais imperfeições de mercado fundamentamesses retornos. Além disso, o conhecimento das imperfeições de mercado é básicoà formulação de políticas econômicas que visem ao desenvolvimento econômico, numcontexto de oportunidades iguais para todo. Os dados disponíveis cobriram seis culturase mostraram um padrão de muitos produzindo muito pouco, e de poucos produzindomuito, padrão mais visível nas culturas modernas, como a soja. Os resultados revistosde um modelo econométrico indicaram que o grupo mal sucedido, de dois grupos depequenos produtores, tem retornos crescentes à escala e não pode expandir a produção,dadas as restrições.
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Alves, E. (2015). RETORNOS À ESCALA E MERCADO COMPETITIVO: TEORIA E EVIDÊNCIAS EMPÍRICAS. Revista de Economia e Agronegócio, 2(3). https://doi.org/10.25070/rea.v2i3.37
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