Balaiada: construção da memória histórica

  • Janotti M
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Durante o século XIX, historiadores procuraram explicar o nascimento do Estado nacional brasileiro, atribuindo às instituições do novo país independente um caráter constitucional, renovador e civilizado. Nessa medida, os movimentos contestatórios, entre eles a Balaiada, foram julgados como anomalias, manifestações da barbárie contra a civilização, representada pela ordem monárquica. Entretanto, fontes memorialísticas veicularam versões diferentes da revolta balaia, ricas em detalhes e nuances, permitindo apreender variações comportamentais de segmentos sociais emergentes na crise final do período colonial. Entrando pelo século XX historiadores compreenderam que a Balaiada representou a ascensão de brasileiros ao poder provincial e nacional, a consolidação do poder do coronelismo e o pacto de dominação entre os partidos da elite maranhense, acentuando mais ainda a marginalização social dos destituídos, principalmente dos negros.During the 19th century, historians tried to explain how the Brazilian national State was born, attributing to the institutions of the new country a constitucional renovator and civilized character. In this measure, the contesters’ movements, between them the Balaiada, were judge as anomalies, barbarity manifestations against the civilization, represented by the monarchist order. However, memorialistics sources propagated different versions of the Balaiada revolt, rich in details and nuances, allowing the apprehension of mannering of emergent social segments of the crisis in the end of the colonial period. Entering in the 20th century historians had understood that the Balaiada represented the ascension of Brazilian people to the provincial and national power, the consolidation of the private power and the domination pact between the parties of the maranhense elite, accenting even more the social marginalization of the dismissed, especially the negros.

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Janotti, M. de L. M. (2005). Balaiada: construção da memória histórica. História (São Paulo), 24(1), 41–76. https://doi.org/10.1590/s0101-90742005000100003

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