Este texto relata a adaptação e as características psicométricas de medidas de assédio moral no trabalho: a Escala de Percepção da Frequência e a Escala de Impacto Afetivo do Assédio Moral no Trabalho. Os instrumentos, autoaplicáveis, possuíam itens idênticos, mas foram respondidos em escalas diferentes, uma referindo-se à percepção de assédio e outra, ao impacto afetivo provocado pelo fenômeno. Participaram 216 trabalhadores, ocupantes de funções diversas, como atividades de apoio administrativo, assistência à saúde, serviços gerais, de atendimento e recepção de pessoas, policiais militares, de vendas e professores. Possuíam idades entre 17 e 61 anos; 65% eram mulheres. Resultados das análises fatoriais revelaram dois fatores componentes da Escala de Percepção do Assédio Moral no Trabalho, mas apenas fator um compôs a Escala de Impacto Afetivo do Assédio Moral. Indicadores satisfatórios de consistência interna indicavam que todos os itens contribuíram para melhorar a fidedignidade das escalas. A estrutura encontrada diferiu da relatada na literatura e estes achados embasam a discussão dos resultados.This text reports the adaptation and psychometric characteristics of psychological harassment measures: the frequency perception and the affective impact harassment scales. The instruments -self-applicable- had identical items, but were answered in different scales; one referring to the harassment perception and the other, to the affective impact caused by the phenomenon. 216 workers participated, who occupy diverse positions, like administrative support activities, health assistance, general services, people servicing and reception, military officers, sales and teachers. They were between 17 and 61 years-old, and 65% was female. Factorial analysis results revealed two Harassment Perception Scale factors, but only one of them was revealed in the Harassment Affective Impact Scale. Satisfactory internal consistency indicators pointed out that all the items contributed to improve scales reliability. The structure found differed from that related in literature, and such results are the basis of results discussion.
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Martins, M. do C. F., & Ferraz, A. M. S. (2011). Propriedades psicométricas das escalas de assédio moral no trabalho: percepção e impacto. Psico-USF, 16(2), 163–173. https://doi.org/10.1590/s1413-82712011000200005
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