TEMA: perda auditiva em neonatos. OBJETIVOS: verificar a prevalência de alterações auditivas em neonatos do Hospital São Paulo, observando se há correlação com as variáveis: peso de nascimento, idade gestacional, relação peso e idade gestacional e fatores de risco para deficiência auditiva. MÉTODO: realizou-se uma análise retrospectiva dos prontuários de 1696 recém nascidos, sendo 648 nascidos pré-termo e 1048 a termo. Todas as crianças foram submetidas à avaliação audiológica constituída por pesquisa das emissões otoacústicas transientes e do reflexo cocleopalpebral e medidas de imitância acústica, estabelecendo-se o diagnóstico do tipo e grau de perda. RESULTADOS: a perda auditiva neurossensorial foi identificada em 0,82% das crianças nascidas a termo, e 3,1% das crianças pré-termo (com diferença estatisticamente significante). A perda auditiva condutiva foi a mais freqüente nas duas populações sendo observada em 14,6% das crianças nascidas a termo e 16,3% das crianças pré-termo. Houve suspeita de alterações do sistema auditivo central em 5,8% das crianças pré-termo e 3,3% das crianças a termo. Na população de crianças nascidas a termo, houve correlação significante entre falha na triagem auditiva e os riscos antecedente familiar e síndrome, sendo 37 vezes maior a chance de uma criança com síndrome falhar na triagem e sete vezes maior a chance de falhar na orelha direita quando esta tiver antecedente familiar de perda auditiva. Quanto menor a idade gestacional (< 30 semanas) e o peso ao nascimento (< 1500g), três vezes mais chance de falhar na triagem auditiva. CONCLUSÕES: houve maior ocorrência de perda auditiva nas crianças pré-termo de UTI neonatal. A idade gestacional e o peso de nascimento foram variáveis importantes relacionadas na probabilidade de falha na triagem auditiva. Houve correlação entre o fator de risco síndrome e a perda auditiva neurossensorial em crianças nascidas a termo.BACKGROUND: hearing loss in newborns. Aim: to verify the prevalence of auditory alterations in newborns of Hospital São Paulo (hospital), observing if there are any correlations with the following variables: birth weight, gestational age, relation weight/gestational age and risk factors for hearing loss. METHOD: A retrospective analysis of the hospital records of 1696 newborns; 648 records of preterm infants and 1048 records of infants born at term. All of the infants had been submitted to an auditory evaluation consisting of: Transient Otoacoustic Emissions, investigation of the cochleal-palpebral reflexes and acoustic imittance tests, identifying the type and level of hearing loss. RESULTS: sensorineural hearing loss was identified in .82% of the infants who were born at term and in 3.1% of the preterm infants - with a statistically significant difference. Conductive hearing loss was the most frequent type of hearing loss in both groups, occurring in 14.6% of the term infants and in 16.3% of the preterm infants. Alteration of the central auditory system was considered as a possible diagnosis for 5.8% of the preterm infants and for 3.3% of the term infants. For the group of infants who were born at term, a significant correlation was observed between failure in the hearing screening test and the presence of risk factors such as family history and presence of a syndrome - the child who presented a syndrome had 37 times more chances of failing in the hearing screening test and seven times more chances of failing in the right ear when there was a family history for hearing loss. The lower the gestational age (< 30 weeks) and birth weight (< 1500g), the higher the chances of failing in the hearing screening test (3 times more). CONCLUSION: hearing loss had a higher occurrence in preterm infants who remained in the ICU. Gestational age and birth weight were important variables related to the possibility of failure in the hearing screening test. A correlation was observed between the presence of a syndrome and sensorineural hearing loss in infants who were born at term.
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Pereira, P. K. S., Martins, A. de S., Vieira, M. R., & Azevedo, M. F. de. (2007). Programa de triagem auditiva neonatal: associação entre perda auditiva e fatores de risco. Pró-Fono Revista de Atualização Científica, 19(3), 267–278. https://doi.org/10.1590/s0104-56872007000300005
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