Este artigo busca demonstrar como a cidade pode ser apreendida simbolicamente enquanto Morada-Expandida, a partir da experiência de Deriva e de seus desdobramentos de criação poética. Para isto, são apresentados argumentos históricos, filosóficos e psicológicos que tratam da cidade como símbolo de abrigo, valendo-se do pensamento poético de Gaston Bachelard sobre a Morada e a análise psicológica de James Hillman sobre a cidade. A Deriva situacionista é apropriada como técnica de criação poética, capaz de romper com um ideal capitalista e fazer emergir no sujeito outras subjetividades relativas ao território. Se o lar é a casa dotada de três elementos – a memória, o afeto e a identidade –, a cidade, ao adquirir simbolicamente estes elementos, pode ser percebida como uma Morada.
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Laterza, M. F. (2023). cidade como Morada-Expandida. PÓS: Revista Do Programa de Pós-Graduação Em Artes Da EBA/UFMG, 13(28), 160–187. https://doi.org/10.35699/2238-2046.2023.45464
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