O artigo investiga o problema da delimitação das fronteiras que definem a prática legitima do jornalismo, tendo por referência a obra de Barbie Zelizer. Destaca, a este respeito, a sua proposição de que o profissionalismo se desenvolveu de forma incipiente no jornalismo e que a identidade jornalística é construída com base em narrativas compartilhadas, através das quais os jornalistas se constituem como uma comunidade interpretativa autorizada. Visto que o modelo de Zelizer foi elaborado tendo por referência o jornalismo americano, é preciso verificar a sua aplicabilidade ao jornalismo de outros países. O artigo faz isso em duas etapas. Na primeira, considera, de modo comparativo, o desenvolvimento do profissionalismo no jornalismo em diferentes países da Europa Ocidental. Na segunda, discute o impacto que o decreto-lei n° 972 de 17 de outubro de 1969, que regulamentou a profissão de jornalismo no Brasil, sobre o processo de construção de identidade dos jornalistas do país.
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Albuquerque, A. de. (2006). A obrigatoriedade do diploma e a identidade jornalística no Brasil: um olhar pelas margens. Revista Contracampo, (14), 71–89. https://doi.org/10.22409/contracampo.v0i14.564
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