Resumo: Este artigo pretende analisar a atuação do Tribunal do Santo Ofício de Portugal durante no ocaso do século XVIII, tendo como objetivo verificar como se dava a relação entre este tribunal e o saber letrado dos acusados descritos nos processos, denúncias e apresentações. Numa primeira parte, pretende-se desenvolver um diálogo com a historiografia sobre a ilustração portuguesa, a fim de se discutir como que reformas conduzidas pelo Estado português contribuíram para a formação de sociabilidades ilustradas, nas quais se destacam os chamados libertinos. Num segundo momento, o objetivo é verificar a ambiguidade das percepções dos inquisidores em relação ao letramento desses mesmos libertinos. A esse saber letrado nota-se a atribuição de características positivas e negativas conforme determinadas relações construídas entre eles e formulações consideradas heréticas. Palavras chave: Inquisição, cultura letrada, Libertinagem 1 . Abstract: This article analyzes the role of the Court of Inquisition in Portugal at the twilight of the Old Regime, having carried out to verify how was the relationship between this courtand and the scholarly of the the accused described in the processes, reports and presentations. In the first part, will try to develop a dialogue with the historiography of the Portuguese illustration, in order to discuss how to reform instituted by the Portuguese state contributed to the formation of an illustrated sociability, in which we highlight the called libertines. Secondly, we will try to verify the ambiguity of perceptions of the inquisitors in relation to literacy of those 1
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Camilo Rocha, I. T. (2014). A INQUISIÇÃO DE PORTUGAL E A AMBIGUIDADE EM FACE AO CONHECIMENTO LETRADO NO OCASO DO ANTIGO REGIME. Oficina Do Historiador, 7(2), 19. https://doi.org/10.15448/2178-3748.2014.2.16304
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