Masculinidade e feminilidade na Ameas: holograma, ilhas de clareza ou uma selva desconhecida?

  • Medeiros C
  • Valadão Junior V
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Abstract

A análise de características atribuídas a determinados sujeitos e do modo como essas características são socialmente construídas tem se tornado comum nos estudos organizacionais.Os privilégios existentes em apenas parte das relações duais, como a relação feminino/ masculino, aparecem nos discursos e nas práticas organizacionais como neutro e natural. Porém, demarcam e definem a natureza do trabalho e de suas relações. Neste artigo, examinamos como as atribuições de masculinidade e feminilidade influenciam o significado de ser homem ou de ser mulher numa organização do terceiro setor. A organização em estudo - vista como um padrão de significados, de valores e de comportamentos - é analisada de três perspectivas (MARTIN, 2001), para que se possa compreender aspectos compartilhados, confrontados ou que sejam ambíguos quanto às atribuições de masculinidade e feminilidade. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, cujo delineamento é a pesquisa narrativa. A coleta de dados foi realizada por meio de documentos e de entrevistas semiestruturadas com membros da Associação Municipal de Entidades Assistenciais (Ameas). Os resultados apontam inconsistências, ambiguidades e contradições entre as narrativas dos fundadores encontradas nos documentos e as narrativas dos sujeitos da pesquisa sobre a prática organizacional.The analysis of characteristics assigned to certain subjects and how these characteristics are socially constructed has become common in organizational studies. The privileges available in only a part of dual relationships, such as women and men (Fletcher, 1998), appear in the discourses and organizational practices as neutral and natural, although they demarcate and define the nature of work and their relations. In this paper we examine how the attributes of masculinity and femininity influence the meaning of being a man or woman, in an organization of the third sector. The organization under study, as a pattern of meanings, values and behavior, is examined from three perspectives (Martin, 2001), to understand things that are shared, faced or ambiguous, concerning the role of masculinity and femininity. This is a qualitative study, the design of which is the research narrative. Data collection was performed by means of documents and semi-structured interviews with members of Ameas. The results show inconsistencies, ambiguities and contradictions between the narratives found in the founding documents and the narratives of the subjects of the research in organizational practice.

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Medeiros, C. R. de O., & Valadão Junior, V. M. (2011). Masculinidade e feminilidade na Ameas: holograma, ilhas de clareza ou uma selva desconhecida? Cadernos EBAPE.BR, 9(1), 79–96. https://doi.org/10.1590/s1679-39512011000100006

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