O consumo de água de doce pela agricultura equivale a 70% da água doce no mundo (FAO, 2012), esse fato aliado a evidência das mudanças climáticas e ao crescimento populacional para as próximas décadas, torna-se importante a quantificação do uso de água na irrigação para conciliar o aumento da produção com a mínima pressão sobre os mananciais. Para essa mensuração, é utilizado a metodologia da pegada hídrica (Hoekstra et al., 2011), que é composta pelo componente azul, verde e cinza. Este trabalho avaliou o uso futuro da água na irrigação de soja no Mato Grosso, quantificando a pegada hídrica azul (PHazul) baseado em projeções de mudanças climáticas usando o modelo agrícola DSSAT/CROPGRO-Soybean. As simulações não apresentaram grande variação da PHazul em relação a atual, a menor variação foi da zona edafoclimática homogênea (ZH) de Nova Mutum, onde variou 27 m³ Mg-1, entre o cenário 1 e o 6 e a maior variação foi de Primavera do Leste, com variação de 81,2 m³ Mg-1 entre o cenário atual e o 6. Esse resultado pode ser explicado pela manutenção da produtividade da soja nas ZH estudadas, onde a maior variação registrada foi de -1,6% e pela diminuição da evapotranspiração em 6,5%.
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Dias, G. V. S., Silva, E. H. F. M. da, Antolin, L. A. S., Vieira Junior, N. A., & Marin, F. R. (2020). Simulação da pegada hídrica da soja no Mato Grosso baseada em projeções de mudanças climáticas. Agrometeoros, 27(1). https://doi.org/10.31062/agrom.v27i1.26567
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