Neste artigo, analisou-se discursos sobre o blackface no mundo fashionista e da beleza a partir da busca pela representatividade e pelo protagonismo negro, em contraponto a uma liberdade de expressão artística do profissional da área. Foi investigado um caso de blackface publicado pela empresa de cosméticos Avon em sua rede social. O corpus de análise constituiu-se por discursos presentes nos comentários registrados na referida publicação. Os dados foram categorizados e analisados com base na vertente da análise crítica do discurso teorizada por Dijk (2012). Evidenciou-se que as práticas racistas continuam disseminadas na sociedade e seu reconhecimento ainda é dificultado por sua naturalização. Também foi evidenciado que a percepção do blackface como arte ou prática racista não está diretamente relacionada à cor da pele de quem a analisa, mas à sua percepção cognitiva embasada na sua cultura, experiência de vida, capacidade crítica, conhecimento histórico, entre outros fatores.
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Lage, M. L. da C., Perdigão, D. A., Pena, F. G., & Silva, M. A. F. (2016). Preconceito maquiado: o racismo no mundo fashionista e da beleza. Revista Pensamento Contemporâneo Em Administração, 10(4), 47. https://doi.org/10.12712/rpca.v10i4.818
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