O uso de plantas como medicamentos tradicionais fornece um substituto real nos serviços de saúde para as comunidades rurais. O estudo de plantas medicinais revela espécies de plantas localmente importantes, muitas vezes úteis para a descoberta de novas drogas. O objetivo deste estudo foi conhecer o uso de plantas medicinais em Santa Luzia, Estado do Maranhão, Brasil, e avaliar os padrões sociais e econômicos em relação ao uso da fitoterapia. Os dados etnobotânicos foram coletados por meio de entrevistas semiestruturadas, nas quais participaram 53 moradores (15 homens e 38 mulheres) selecionados aleatoriamente. Um total de 123 espécies de plantas medicinais foram registradas juntamente com seus usos medicinais. Entre as famílias mais citadas, a família Fabaceae apresentou 14 espécies medicinais, seguida por Apiaceae com 7 espécies. As folhas são as partes das plantas usadas com mais frequência e a decocção, o método de preparo. Entre os principais distúrbios tratados com plantas medicinais, as doenças infecciosas e parasitárias e as doenças digestivas foram as mais citadas. Os resultados das correlações entre o número de pessoas por domicílio e a idade dos entrevistados foram positivamente relacionados ao número de plantas citadas. O estudo revelou que a área abriga uma diversidade de plantas medicinais e conhecimento associado. As comunidades locais dependem de plantas medicinais para satisfazer suas necessidades básicas de saúde.
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Gonçalves, M. dos M. M., Cajaiba, R. L., Santos, W. B. dos, Sousa, E. S. de, Martins, J. da S. C., Pereira, K. S., & Sousa, V. de A. (2018). Estudo etnobotânico do conhecimento e uso de plantas medicinais em Santa Luzia, Maranhão, Brasil. Revista Ibero-Americana de Ciências Ambientais, 9(5), 12–21. https://doi.org/10.6008/cbpc2179-6858.2018.005.0002
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