Análise vocal (auditiva e acústica) nas disartrias

  • Carrillo L
  • Ortiz K
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TEMA: as disfonias neurológicas são comuns nas disartrias e desempenham um importante papel no diagnóstico diferencial. A análise acústica da voz é importante para o entendimento dos distúrbios motores presentes nas disartrias. OBJETIVO: descrever auditiva e acusticamente a voz nos diferentes tipos de disartria. MÉTODO: 42 pacientes disártricos, 21 do sexo masculino e 21 do sexo feminino foram submetidos à análise perceptual-auditiva e acústica. Todos os pacientes foram submetidos à gravação da voz, tendo sido avaliados, na análise auditiva, tipo de voz, ressonância (equilibrada, hipernasal ou laringo-faríngea), loudness (adequado, diminuído ou aumentado), pitch (adequado, grave, agudo) ataque vocal (isocrônico, brusco ou soproso), e estabilidade (estável ou instável). Para a análise acústica foram utilizados os programas GRAM 5.1.7 para a análise da qualidade vocal e comportamento dos harmônicos na espectrografia e o Programa Vox Metria, para a obtenção das medidas objetivas. RESULTADOS: na análise auditiva os dados indicam que a voz rouca e soprosa foi a qualidade vocal mais presente, ressonância laringo-faríngea e instabilidade na emissão. Na acústica: traçado espectrográfico instável, ausência dos harmônicos superiores e presença de ruído entre os harmônicos e tempos máximos de fonação diminuídos. As medidas de Jitter, Shimmer e Glottal to Noise Excitation Ratio foram alteradas em todas disartrias. CONCLUSÃO: a análise acústica, complementar à perceptual-auditiva, auxilia no diagnóstico clínico das disartrias.BACKGROUND: neurological dysphonias are normally associated to dysarthrias and play an important role when determining the correct diagnosis. The acoustic analysis of the voice is important for understanding the speech motor disorders present in dysarthric patients. AIM: to describe the acoustic and auditory-perceptual characteristics of the voice of the different types of dysarthria. METHOD: 42 patients with well defined neurological diagnosis of dysarthria, 21 male and 21 female, were evaluated according to auditory-perceptual parameters and acoustic measures. All patients had their voices recorded. Auditory-perceptual voice analysis included: type of voice, resonance (balanced, hypernasal or laryngeal-pharyngeal), loudness (adequate, reduced, increased), pitch (adequate, low, high), and voice onset (isochronic, abrupt or breathy). For the acoustic analysis the following programs were used: GRAM 5.1.7. for the analysis of vocal quality and spectrographic tracing; and Vox Metria to obtain the objective measures. RESULTS: data obtained in the auditory-perceptual analysis indicate that the most present vocal quality was the harsh and breathy voice, laryngeal-pharyngeal resonance and instability on vocal onset. In the acoustic analysis the following was observed: instability in the spectrogram, absence of the upper sub harmonics, presence of noise between the harmonics and reduced maximum phonatory time. Jitter, Shimmer and Glottal to Noise Excitation Ratio were altered in all dysarthrias. CONCLUSION: the acoustic analysis, associated to the auditory- perceptual assessments, is of assistance in the clinical diagnosis of dysarthrias.

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Carrillo, L., & Ortiz, K. Z. (2007). Análise vocal (auditiva e acústica) nas disartrias. Pró-Fono Revista de Atualização Científica, 19(4), 381–386. https://doi.org/10.1590/s0104-56872007000400010

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