Com a crescente insistência das políticas públicas nos impactos económicos e sociais da investigação, os modelos de governação da ciência têm sofrido alterações. O modelo tradicional, com base na autonomia da ciência, tem vindo a ser substituído por novos modelos que colocam maior ênfase nos processos de prestação de contas, no quadro de uma maior co-responsabilização entre Estado e investigadores. Até que ponto este processo consegue ser equilibrado perante os diversos impactos da investigação e as diferentes áreas científicas é uma questão aqui discutida. O presente artigo analisa estes desenvolvimentos através de um estudo de caso do recente debate público em torno de um novo modelo de financiamento das unidades de investigação em Portugal.
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Pereira, T. S. (2004). Processos de governação da ciência: O debate em torno do modelo de financiamento das unidades de investigação em Portugal. Revista Crítica de Ciências Sociais, (70), 05–32. https://doi.org/10.4000/rccs.1044
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