A IMPORTÂNCIA DA GRANITOGÊNESE TARDI-ARQUEANA (2.5 Ga) NA EVOLUÇÃO TECTONO-METAMÓRFICA DA PROVÍNCIA MINERAL DE CARAJÁS-O COMPLEXO GRANÍTICO ESTRELA E SUA AURÉOLA DE CONTATO

  • BARROS C
  • BARBEY P
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An important magmatic event giving rise to moderately alkaline granitoids (Old Salobo Granite and Estrela Granite Complex) occurred in the Carajas Mining Province in Late-Archean times (~2.56 Ga). Moderately alkaline granite (A type) genesis is generally thought to be due to partial melting of either granulites or metaigneous rocks. These melts are considered to have very high temperatures and very low viscosity, promoting epizonal emplacement. These Late-Archean granite bodies have imposed significant increase of thermal gradients, changes of the rheology of the metavolcano-sedimentary country rocks (Salobo, Pojuca and Grão-Pará groups) and broadly overprinted the Rb-Sr isotopic systems in the Carajas region. Three domains have been discriminated in the Estrela Granite Complex host rocks: an external contact aureole (~ 450-550°C), an internal aureole (-550-650°C), and the xenolith domains (-650-850°C). The rocks of the external contact aureole are very slightly deformed, and affected by a discrete (S 1m) foliation which is parallel to the primary regional lithological banding (S 0). In the internal aureole the host rocks show a very well developed sub vertical foliation (S 2) and/or lineation. In the metabasites of the internal aureole as well as from the xenoliths amphibole-bearing veins are very frequent. Petrographic facies spatial distribution confirmed by geochemical, structural and aerogeophysical data show that the Estrela Granite Complex is built up by several plutons. The structural behavior of the complex is outlined by a magmatic layering (S 0), that is flat on the central domains and subvertical on the peripheral zones of each pluton. The spatial disposition of the magmatic layering (S 0) indicates that the Estrela Granite Complex emplacement was mainly controlled by ballooning. Subvertical magmatic layering and foliation (S 1) of E-W orientation have been developed as a response of both emplacement forces (ballooning) and regional coaxial horizontal shortening of N-S direction. Late mylonite zones (S 1m) are due to the formation of mechanical instabilities at the end of the cooling history. Such structural evolution within progressive deformation and decreasing-thermal regimes is typical of syntectonic granites. RESUMO Na Província Mineral de Carajás, um importante evento magmático gerador de granitóides moderadamente alcalinos (Granito Old Salobo e Complexo Granítico Estrela) ocorreu no final do Arqueano (~ 2,56 Ga). Granitos com tal assinatura geoquímica (tipo A) são muitas vezes originados pela fusão parcial de rochas metaígneas e/ou de granulitos. Os líquidos magmáticos produzidos são normalmente de temperaturas elevadas, e baixa viscosidade, sendo colocados em níveis crustais rasos. Na região de Carajás, estes corpos graníticos tardi-arqueanos impuseram aumentos significativos nos gradientes geotérmicos, afetaram os sistemas isotópicos Rb-Sr e criaram modificações das condições reológicas de suas rochas encaixantes metavulcano-sedimentares (grupos Salobo, Pojuca, Grão-Pará) onde formaram auréolas metamórficas e tectônicas de comportamento dúctil. Três domínios foram observados nas rochas metavulcano-sedimentares encaixantes do Complexo Granítico Estrela: uma auréola externa (~ 450-550°C), uma interna (~ 550-650°C) e os xenólitos (~ 650-850°C). Na auréola externa as rochas metavulcano-sedimentares se apresentam pouco estruturadas, mostrando uma foliação (S 1) discreta e concordante ao acamadamento regional (S 0). Na auréola interna as rochas encaixantes mostram uma forte foliação (S 2) subvertical e uma lineação de alto ângulo de caimento. Veios preenchidos por anfibólio são comuns nas metabásicas situadas na auréola interna e dos xenólitos. A distribuição espacial das fácies petrográficas e os dados geoquímicos, estruturais e aerogeofísicos mostram que o Complexo Granítico Estrela é formado por diferentes plútons. A organização estrutural do complexo é marcada por um bandamento magmático (S 0) de disposição concêntrica, ou seja, subvertical nas porções periféricas e concordante com os limites dos plútons, e subhorizontal nas partes centrais destes. A disposição espacial do bandamento magmático (S 0) indica que a colocação do Complexo Granítico Estrela foi controlada principalmente pelo mecanismo de ballooning. Uma foliação (S 1) e um bandamento magmático secundário associado, de direção geral E-W e mergulhos verticais, se desenvolve em resposta ao somatório de esforços ligados à colocação (ballooning) e de esforços regionais coaxiais de direção N-S. Zonas miloníticas (S 1m) resultaram de instabilidade mecânicas no final da consolidação do complexo. Esta evolução estrutural, em regime de deformação progressiva e temperatura decrescente, comprova o comportamento sintectônico do Complexo Granítico Estrela. Palavras-chave: Arqueano, região de Carajás, Complexo Granítico Estrela, metamorfismo de contato, auréola tectônica, colocação de granitóides.

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BARROS, C. E. D. M., & BARBEY, P. (1998). A IMPORTÂNCIA DA GRANITOGÊNESE TARDI-ARQUEANA (2.5 Ga) NA EVOLUÇÃO TECTONO-METAMÓRFICA DA PROVÍNCIA MINERAL DE CARAJÁS-O COMPLEXO GRANÍTICO ESTRELA E SUA AURÉOLA DE CONTATO. Revista Brasileira de Geociências, 28(4), 513–522. https://doi.org/10.25249/0375-7536.19985135222

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