O debate a respeito dos processos de financeirização da produção imobiliária brasileira é obscurecido pelo procedimento que adota como parâmetro o modelo norte-americano que resultou nos conhecidos subprimes. A financeirização do mercado imobiliário brasileiro se deu não pela via hipotecária de estímulos à demanda, mas pela vinculação das incorporadoras com o mercado de capitais, sugerindo, por esse caminho, importantes estímulos à oferta. O resultado tem sido, diferentemente do que pode ser visto a partir da estratégia adotada nos Estados Unidos, a criação de uma tendência à participação do fundo público como critério para a estabilização da relação entre as incorporadoras e o mercado de capitais, encobrindo com a ampliação do maior programa habitacional do país a lacuna aberta entre a necessidade de produção e o tamanho da demanda solvável.
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Santos, C. R. S., & Sanfelici, D. (2015). CAMINHOS DA PRODUÇÃO FINANCEIRIZADA DO ESPAÇO URBANO: A VERSÃO BRASILEIRA COMO CONTRAPONTO A UM MODELO. Revista Cidades, 12(20). https://doi.org/10.36661/2448-1092.2015v12n20.11954
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