Introdução. A paralisia cerebral (PC) gera alterações motoras e compensações que resultam em deformidades no paciente, entre elas, o pé equino. Um dos recursos terapêuticos amplamente utilizado em pacientes com PC é a eletroestimulação, cujos benefícios já são bastante conhecidos. Outra técnica, também muito utilizada na prática clínica e com efeitos ortopédicos comprovados, é a mobilização articular. Objetivo. Verificar os efeitos terapêuticos da associação entre a eletroestimulação em dorsiflexores e a mobilização articular de tornozelo em pacientes com paralisia cerebral diparética espástica com pés equinos. Método. Participaram do estudo três crianças com PC do tipo diparesia espástica, com idade entre 3 e 9 anos e que apresentavam deformidade redutível do pé em equino. Estas foram avaliadas quanto à função motora grossa, marcha, gasto energético, amplitude de movimento (ADM) e espasticidade. O protocolo de tratamento foi de 16 sessões, sendo duas vezes por semana, durante 30 minutos cada. Resultados. Todos os participantes apresentaram melhora na função motora grossa, na qualidade da marcha e na ADM ao término do tratamento. Conclusão. Associação dessas duas técnicas terapêuticas foi benéfica para promover a melhora da função motora grossa, da marcha e da ADM, para esta amostra restrita de pacientes.
CITATION STYLE
Zuardi, M. C., Do Amaral, V. A., Borges, H. C., Chamlian, T. R., Monteiro, V. C., & Do Prado, G. F. (2001). Eletroestimulação e mobilização articular em crianças com paralisia cerebral e pés equinos. Revista Neurociências, 18(3), 328–334. https://doi.org/10.4181/rnc.2010.18.328
Mendeley helps you to discover research relevant for your work.