O foco deste texto emerge das inquietações que perpassam o cotidiano das instituições educativas, identificadas em categorias analíticas emergentes de pesquisa que teve como corpus empírico as narrativas de professores e de alunos da educação básica. Constitui uma tentativa de interpretação dos ecos das palavras dos interlocutores envolvidos ao referirem, de modo indireto, que a obrigatoriedade da frequência à escola produz uma configuração social que altera as rotas do projeto moderno de escola. E afeta também a relação pedagógica e as culturas escolares neste evidenciadas. Objetiva, portanto, a tessitura de relações a respeito do paradoxo “direito à educação e escolarização obrigatória” em diálogo com as evidências do processo de mutação da escola. Contextualiza os direitos humanos e o direito à educação em interlocução com os conceitos de configuração social e relações de interdependência, buscados em Norbert Elias sobre o processo civilizador. Michel de Certeau e Roger Chartier contribuem, respectivamente, na discussão através dos conceitos de estratégia e de tática, assim como de representação social.
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Stecanela, N. (2016). O direito à educação e o cotidiano escolar: dimensões do concebido, do vivido e do percebido. Educação, 39(3), 344. https://doi.org/10.15448/1981-2582.2016.3.20997
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