O crescimento do uso de drogas ilícitas entre as mulheres em idade fértil é preocupante. O uso de drogas durante a gestação é causa de morbidades que podem se apresentar no feto, no neonato ou em qualquer etapa do desenvolvimento infantil. Esta revisão reuniu informações sobre prevalência, métodos de rastreio e consequências clínicas da exposição fetal à cocaína, metanfetamina, maconha e opioides. As taxas de exposição podem variar de 2 a 40% entre os estudos. Nos métodos de rastreio, a análise de cabelo materno se mostrou a mais sensível, a análise de mecônio é de mais fácil execução e os questionários aplicados às mães têm baixa sensibilidade. Várias consequências para a gestação e para a criança são relacionadas à exposição a drogas. Entre elas encontramos maior incidência de perdas gestacionais, prematuridade, baixo peso ao nascer, Apgar < 7 no quinto minuto, internações em UTI e óbito neonatal. Síndrome de abstinência neonatal, anomalias congênitas, déficit de atenção, problemas de comportamento, prejuízos no desenvolvimento motor, cognitivo e de linguagem são os acometimentos mais encontrados na infância. Concluímos serem necessárias políticas de prevenção, identificação das crianças expostas e seu acompanhamento durante toda a infância.
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Paula, R. D. S. K. de. (2018). Consequências à criança do uso de drogas durante a gestação: um artigo de revisão. Revista de Medicina Da UFC, 58(1), 45. https://doi.org/10.20513/2447-6595.2018v58n1p45-52
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