Não coma isto porque tem muita química! Esta expressão se ouve invariavelmente dos pais, na tentativa de alertar seus filhos quanto ao consumo de alimentos muito coloridos ou com aditivos. Por falta de conhecimento muitas pessoas atribuem uma conotação pejorativa e negativa à Química e neste caso induzindo que alimentos industrializados são aqueles que têm "química" e consequentemente trarão prejuízo à saúde. No entanto, a Química, através de várias substâncias, está presente em absolutamente tudo em nossas vidas: no vestuário, no transporte, nas habitações, no ar que respiramos, nos líquidos que bebemos e até no alimento que nos nutri e sustenta, inclusive nos chamados alimentos naturais ("in natura") e na nova geração de alimentos orgânicos, que nada mais são do que misturas sinérgicas de substâncias químicas como: proteínas, gorduras, carboidratos, fibras, vitaminas, sais minerais e vários microingredientes funcionais. Afinal a maçã e outras frutas, carnes, ovos, leite, verduras, cereais, legumes são constituídos de substâncias químicas. Com a evolução da sociedade, aumentou a necessidade do abastecimento e fornecimento de alimentos para este enorme contingente de pessoas que habitam nosso planeta. Com a globalização, culturas distantes se aproximaram e trocas de experiências alimentares foram feitas com mais intensidade. Coube a ciência e a tecnologia se aproximar para desenvolverem juntas a produção de alimentos industrializados e permitir, com uma logística adequada, a produção industrial de alimentos e bebidas padronizados e disponíveis o ano inteiro. Deste modo para que os iogurtes possam ter validade de um mês, o leite de quatro meses, a margarina de seis meses e biscoitos e refrigerantes de mais de seis meses, assim como outros alimentos, além de embalagens e temperatura de armazenamento adequada, faz-se necessário o uso de aditivos alimentares, que podem ser identificados visualmente nos dizeres de rotulagem destes produtos.
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Garcia de Almeida, P. (2015). Alimentos industrializados versus saúde do consumidor. Revista Intertox de Toxicologia, Risco Ambiental e Sociedade, 6(3). https://doi.org/10.22280/revintervol6ed3.160