Ideias sobre o que caracteriza um "bom professor" são importantes para se possa refletir a respeito da reforma educacional, e elas têm ganhado destaque recentemente. Essas ideias são controversas e estão abertas a mudanças. A primeira parte deste artigo examina modelos do que é considerado um "bom professor" na Austrália, desde os bons servidores da era colonial, passando pelo ideal do professor erudito autônomo, até as atuais listas de competências dos docentes. A segunda parte examina mais detalhadamente o modo pelo qual as autoridades responsáveis pelo registro e credenciamento de professores, em governos neoliberais, definem um "bom professor". A terceira parte oferece propostas para uma nova compreensão do conceito de "bom professor", baseadas no entendimento do processo de trabalho e da dinâmica ocupacional do ensino, na estrutura intelectual dos estudos sobre a Educação e na própria lógica da educação como um todo.Ideas about what makes a good teacher are important in thinking about educational reform, and have come into focus recently. These ideas are contested and open to change. The first part of this paper traces models of the good teacher in Australia from the colonial-era good servant, through an ideal of the autonomous scholar-teacher, to contemporary lists of teacher competencies. The second part looks more closely at the incoherent but insistent way the good teacher is now defined under neoliberal governance by teacher registration authorities. The third part of the paper makes proposals for a new understanding of good teachers: based on understanding the labour process and occupational dynamics of teaching, the intellectual structure of Education studies, and the overall logic of education itself.
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Connell, R. (2010). Bons professores em um terreno perigoso: rumo a uma nova visão da qualidade e do profissionalismo. Educação e Pesquisa, 36(spe), 165–184. https://doi.org/10.1590/s1517-97022010000400013
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