O objetivo deste trabalho foi estimar o valor econômico e a margem de comercialização da madeira em tora oriunda de áreas manejadas. Utilizou-se o preço líquido atualizado da madeira para estimar o valor econômico da exploração florestal madeireira no polo Marajó. Os dados foram obtidos em pesquisa de campo realizada em vinte empresas que operam no local. O valor econômico médio da extração e comercialização da madeira em pé no mercado local foi de R$ 28,46/m3, com um valor mínimo de R$ 18,47/m3 para as espécies da categoria C4 (madeira branca) e um máximo de R$ 92,25/m3 para as espécies da categoria C1 (madeira especial). Assim, para um fluxo de trinta anos e extração de 25 m3/ha nos planos de manejo das áreas de concessão florestal do estado do Pará, gera-se um valor médio de R$ 688,75/ha. Esse resultado é superior ao gerado pelas atividades de pecuária extensiva (em torno de R$ 180,00/ha) e de lavouras de grãos (em torno dos R$ 420,00/ha), principais responsáveis pelo desmatamento da Amazônia. A margem de comercialização mostrou que a sociedade tende a se apropriar de 12,4% do valor econômico gerado na cadeia de madeira oriunda dos contratos de transição. Palavras-chave: Preço da madeira em tora. Concessão florestal. Viabilidade econômica. Desmatamento. Amazônia.
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Cordeiro de Santana, A., Lima de Santana, Á., Meireles de Oliveira, C., Santos, M. A. de S., Amin, M. M., & Costa, N. L. (2017). O valor econômico da extração de madeira em tora na ilha do Marajó, Pará. Revista Teoria e Evidência Econômica, 22(47). https://doi.org/10.5335/rtee.v22i47.6812
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