Prolactinomas são os tumores hipofisários funcionantes mais freqüentes, sendo as drogas agonistas dopaminérgicas (AD) a principal opção para seu tratamento. Resistência à bromocriptina (BRC), primeiro AD a ser utilizado, definida como ausência de normalização da prolactina (PRL) ou de redução tumoral durante o tratamento, é relatada em 5 a 18% dos pacientes tratados. Novos AD, como a cabergolina (CBG), são alternativa eficaz já que podem normalizar a PRL e reduzir tumores em até 86% e 92% dos casos, respectivamente. Mesmo assim, uma porcentagem dos pacientes pode ser chamada de resistente aos AD. Os mecanismos para a resistência ainda não são completamente elucidados e, embora pouco freqüentes, os prolactinomas resistentes aos AD representam um desafio para o tratamento. As alternativas como cirurgia e radioterapia podem não alcançar a normalização da PRL e, portanto, não resolver os sintomas ligados à hiperprolactinemia. Tratamento do hipogonadismo com reposição de esteróides sexuais, assim como estimulação ovulatória quando o desejo for a gravidez, podem ser alternativas para casos com crescimento tumoral controlado. Novas drogas como anti-estrógenos, novos AD, análogos específicos de subtipos do receptor da somatostatina, drogas quiméricas com ação no receptor da somatostatina e da dopamina e antagonistas da PRL estão sendo estudados e podem representar alternativas futuras ao tratamento deste grupo de pacientes.Prolactinomas are the more prevalent functioning pituitary tumors, and dopamine agonist drugs (DA) are the main therapeutic option for patients harboring such tumors. Bromocriptine (BRC) resistance, defined as failure to normalize prolactin (PRL) and/or to shrink the tumor is reported in 5 to 18% of the patients treated with this drug, the first DA widely used. Cabergoline (CBG) can bring PRL to normalization and reduce tumor size in up to 86% and 92% of the patients, respectively. Even with this newer DA, a subset of patients does not respond to therapy and are truly resistant. The mechanisms for resistance are not yet fully clarified, so the treatment for the resistant prolactinoma is still a challenge. Transsphenoidal surgery associated or not to radiotherapy is an important tool, but PRL may not normalize, mainly in macroprolactinomas. Treatment with sex steroids or ovulation induction can solve the hypogonadism or infertility, when the tumor growth is under control. New drugs as anti-estrogens, new DA, specific analogs for somatostatin receptor subtypes, chimeric molecules associating dopamine and somatostatin effect, and PRL antagonists are under investigation and can be future alternatives for DA resistance.
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Musolino, N. R. C., & Passos, V. Q. (2005). Prolactinomas resistentes a agonistas dopaminérgicos: diagnóstico e manejo. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, 49(5), 641–650. https://doi.org/10.1590/s0004-27302005000500005
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