Com a globalização e automação do mundo do trabalho, os indivíduos encontram-se inseridos em atividades laborais que requerem agilidade, menor tempo para sua realização e vivenciam cotidianos que desencadeiam estresse, ansiedade e depressão. Com isto, a prática de atividades de lazer surge como forma de enfrentamento dessa realidade, como possibilidade de relaxamento e reequilíbrio. Objetivo: Descrever a freqüência das atividades de lazer, identificando suas características, e comparar a prevalência de transtornos mentais em grupos com e sem atividades regulares de lazer. Métodos: Estudo epidemiológico de corte transversal, incluindo 3.190 indivíduos com idade de 15 anos ou mais, residentes em zonas urbanas de Feira de Santana, BA. Atividades de lazer foram avaliadas por questionário estruturado, que abordou a freqüência, tipo, motivo e o esforço envolvido. O SRQ-20 avaliou os transtornos mentais comuns (TMC). Resultados: Atividades regulares de lazer foram referidas por 60,8% dos entrevistados. Visita a amigos (59,1%) e ir a festas (41,3%) foram as mais freqüentes. A prevalência global de TMC foi de 31,2%, sendo de 43,5% entre quem não mantinha atividades de lazer e de 23,3% entre aqueles que mantinham, revelando associação negativa entre lazer e TMC (RP= 0,59; IC95%: 0,48; 0,59). Conclusão: Evidenciou-se a importância das atividades de lazer, configurando-se como um fator protetor à saúde mental.
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De Araújo, T. M. (1970). PRÁTICA DE ATIVIDADES DE LAZER E MORBIDADE PSÍQUICA EM RESIDENTES DE ÁREAS URBANAS. Revista Baiana de Saúde Pública, 31(2), 294. https://doi.org/10.22278/2318-2660.2007.v31.n2.a1413
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