Os ostracodes constituem um grupo de microfósseis com grande aplicabilidade à geociências, o que é atestado pela contribuição que seu estudo trouxe a paleoecologia e bioestratigrafia. A partir da segunda metade do século XX, os ostracodes revelaram-se também como uma excelente fonte de dados para estudos oceanográficos por meio da relação entre as mudanças nas suas assembléias e mudanças nas características hidrológicas, tais como a temperatura e a salinidade. A presença de uma carapaça quitino-calcítica possibilita ainda a realização de análises geoquímicas, que fornecem dados adicionais sobre eventos oceanográficos e auxiliam a compreender suas influências na biota marinha. Sua pesquisa é atualmente desenvolvida em algumas instituições brasileiras, oferecendo oportunidades para o aprimoramento da paleoceanografia em nosso país.
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Bergue, C. T. (2015). A aplicação dos ostracodes (Crustacea) em pesquisas paleoceanográficas e paleoclimáticas. Terrae Didatica, 2(1), 54. https://doi.org/10.20396/td.v2i1.8637465
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