Este artigo analisa os negócios costumeiros de sitiantes de Minas Gerais, as catiras, investigando porque se empenham nessas transações, quais destinos dão aos ganhos que obtém, e como constroem sólidas redes de trocas baseadas em relações de confiança. Assim formam, aos poucos, importantes patrimônios materiais e simbólicos. Esse movimento econômico local, regido por regras próprias e articulado perifericamente aos mercados nacionais, é vital para as suas estratégias de reprodução, para gerar, conservar e ampliar os patrimônios. A lógica peculiar dessas trocas explica vários procedimentos, que geralmente são considerados pouco racionais por técnicos e pesquisadores, mas que fazem parte de muitos cálculos, levados a cabo por anos, para ampliar o pecúlio da família.
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Ribeiro, E. M., & Galizoni, F. M. (2007). A arte da catira: negócios e reprodução familiar de sitiantes mineiros. Revista Brasileira de Ciências Sociais, 22(64), 67–74. https://doi.org/10.1590/s0102-69092007000200005
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