Este artigo analisa diversas modalidades de engajamento da sociedade civil e do Estado na área de segurança do cidadão no Brasil. Inicialmente, avalia os progressos alcançados na abertura de novos espaços de intervenção da sociedade civil (nas funções de assessoria, fiscalização e até mesmo prestação de serviços) em várias esferas de políticas públicas, bem como as dificuldades específicas decorrentes do sistema penal brasileiro. Prossegue com uma análise das atividades de organizações não-governamentais no policiamento e no sistema prisional. Conclui, constatando que o risco de ocorrer uma " apropriação institucional" é muito maior no primeiro, porque a polícia desconfia do monitoramento de suas atividades pela sociedade civil, e a cultura do policiamento comunitário ainda não está enraizada. Já o sistema prisional vem se mostrando mais aberto a mudanças, com parcerias altamente criativas entre o Estado e ONGs locais, transformando a administração e a cultura de algumas prisões de pequeno porte.This article examines the different modes of engagement between civil society and the state in the area of citizen security in Brazil. It begins by considering both the progress made in opening up new spaces for civil society interventions (in the role of advisor, watchdog and even service deliverer) across a number of policy areas, and the specific difficulties posed by the criminal justice system. It continues by analyzing the activities of non-state organizations in two fields: policing and the prison system. It concludes that the danger of producer capture is much greater in the former, because police are suspicious of civil society monitoring of their role, and the culture of community policing has not yet taken hold. However, the prison system has been more open to change, with some very creative partnerships between the state and local NGOs transforming the management and ethos of some small prisons.Este artículo analiza las distintas modalidades de participación de la sociedad civil y del Estado en el terreno de la seguridad ciudadana en Brasil. Inicialmente evalúa los progresos alcanzados en la apertura de nuevos espacios de intervención de la sociedad civil (en las funciones de asesoría, fiscalización e incluso en la prestación de servicios) en varias esferas de las políticas públicas, así como las dificultades específicas provenientes del sistema penal brasileño. Prosigue con un análisis de las actividades de organizaciones no gubernamentales en el policiamiento y en el sistema prisional. Concluye constatando que el riesgo de que se produzca una " apropiación institucional" es mucho mayor en el primer caso porque la policía recela que la sociedad civil monitoree sus actividades, y la cultura del policiamiento comunitario todavía no está arraigada. Pero el sistema prisional viene mostrándose más abierto a los cambios, con trabajos altamente creativos en colaboración entre el Estado y las ONG locales, transformando la administración y la cultura de algunas cárceles de pequeño porte.
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Macaulay, F. (2005). Parcerias entre Estado e Sociedade Civil para promover a segurança do cidadão no Brasil. Sur. Revista Internacional de Direitos Humanos, 2(2), 146–173. https://doi.org/10.1590/s1806-64452005000100007
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