Este trabalho investigou a formação continuada de professores da Educação Infantil (EI) e a educação de relações étnico-raciais (ERER) na Secretaria Municipal Educação de Curitiba (SME). Analisou o ano de 2015 para averiguar quais as percepções e os desdobramentos dos cursos de formação continuada em torno da ERER na SME na prática das professoras de Educação Infantil. Para tanto foram realizadas entrevistas semiestruturadas com duas técnicas da SME; foi enviado questionário para duas professoras para ter as impressões de duas importantes atividades de formação continuada na SME, em uma tentativa de analisar o banco de dados de formações continuadas, mas foi impossível analisar, pois os dados de 2015 não estavam computados. Ainda que os resultados da pesquisa tenham sido positivos, é importante ressaltar que a ERER, na formação continuada de professores da EI na SME é pontual, pois as análises indicam que a ERER chegou à EI, não por meio de uma política instituída e comprometida com a educação positiva das relações étnico-raciais, mas devido a um comprometimento pessoal e acadêmico de uma técnica pesquisadora de relações étnico-raciais e infância que, ao chegar à SME, levou o tema consigo. Foi constatada negligência do governo municipal no cumprimento da legislação que determina a obrigatoriedade da História e Cultura afro-brasileira e africana. Os resultados das análises indicaram que a temática étnico-racial chegou na formação continuada de professores da EI, não por meio de uma política instituída e comprometida com a educação das relações étnico-raciais, mas de maneira isolada.
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Da Silva, F. C., & Dias, L. R. (2018). FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES DE EDUCAÇÃO INFANTIL E (RE)EDUCAÇÃO DE RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS: uma experiência no município de Curitiba. Poiésis - Revista Do Programa de Pós-Graduação Em Educação, 12(21), 311. https://doi.org/10.19177/prppge.v12e212018311-332
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