A pandemia da COVID-19 tem gerado impactos diversos e provocado mudanças que vêm exigindo das organizações e de seus trabalhadores maior adaptação. Tendo em vista a disseminada adoção do home office para a continuidade das atividades, este artigo busca averiguar a realidade dessa modalidade laboral no cenário pandêmico mediante percepção de trabalhadores neste contexto. A metodologia adotada tem abordagem descritiva e natureza quantitativa, e contou com 2.839 respondentes a questionário virtual aplicado nacionalmente, entre maio e junho de 2020, comparando o contexto pandêmico com o anterior ao isolamento social. Foi possível observar que trabalhadores que antes se deslocavam para o trabalho e passaram a trabalhar em home office vêm aumentando sua familiaridade com tecnologias de comunicação e seu nível de autonomia, acima das demais modalidades de trabalho. Aqueles que já trabalhavam em home office antes da pandemia, por sua vez, tiveram mais aspectos relacionados ao trabalho que se diferenciam negativamente da média geral. As faixas etárias que abrangem os mais jovens reúnem os que mais registraram prejuízos relacionados às novas condições de trabalho. Finalmente, o número de moradores na mesma residência, contrariando uma das hipóteses formuladas, provou-se de pouca utilidade para explicar variações relacionadas sobre os aspectos analisados.Palavras chave: Home Office. Teletrabalho. Trabalho Remoto. COVID-19. Pandemia.
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Mendes, D. C., Hastenreiter Filho, H. N., & Tellechea, J. (2020). A REALIDADE DO TRABALHO HOME OFFICE NA ATIPICIDADE PANDÊMICA. Revista Valore, 5, 160–191. https://doi.org/10.22408/reva502020655160-191
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