A presente pesquisa tem como objetivo analisar os impactos sociais sobre a qualidade das políticas públicas no campo do turismo, tendo como indicador a inclusão social e como objeto de estudo o Programa de Regionalização do Turismo – Roteiros do Brasil do Ministério do Turismo, o qual foi implementado em 2004. Para desvelar a problematização proposta sobre quais foram, no processo histórico concreto dos territórios, os impactos sociais do PRT e se sua ação indutora contribuiu para a inclusão social ou limitou-se a uma política pública restrita aos interesses de mercado, adotou-se uma abordagem qualitativa. O método utilizado na investigação foi o materialismo histórico dialético e no traçado metodológico utilizou-se da análise documental sobre o processo de regionalização do turismo entre os anos de 2004-2014. As evidências possíveis da pesquisa permitiram observar o distanciamento existente entre teoria e prática do PRT, posto que a opção ideológica adotada pelo Ministério do Turismo em relação à concepção do turismo e de desenvolvimento pelo turismo delineia-se em uma ação fragmentada, na qual tanto a comunidade, quanto as instâncias de governança são pautadas pela concepção do mercado, o que impossibilitou o impacto social emancipador por essa política pública de turismo proposta, embora em seu plano abstrato formal a teoria se apresente como uma possibilidade.
CITATION STYLE
Tomazin, M., & Beni, M. C. (2017). Limites e possibilidades da inclusão social pela Política Nacional de Turismo: O caso do Programa de Regionalização do Turismo. Revista Cenário, 5(8). https://doi.org/10.26512/revistacenario.v5i8.15053
Mendeley helps you to discover research relevant for your work.