RESUMO Neste estudo foi realizado um levantamento da presença de cães soropositivos em canis de 12 municípios do Rio Grande do Sul, comparando-se métodos e protocolos de diagnóstico. Com isso, pode-se detectar precocemente uma possível disseminação da doença e, consequentemente, incentivar campanhas de controle e prevenção e evitar futuros surtos. Este estudo foi realizado em uma área do RS sem diagnóstico de leishmaniose visceral canina (LVC), sendo avaliado um total de 165 cães. A pesquisa sorológica foi realizada por meio das técnicas de imunofluorescência indireta (IFI), ensaio imunoenzimático (ELISA) e Dual Plate Plataform (DPP). Constataram-se taxas de 33,9% (56/165) na IFI, 6,7% (11/165) no DPP, 3,0% (5/165) na IFI e DPP e 6,1% (10/165) no ELISA. Dentre os resultados confirmados no ELISA, cinco (5/10) foram reagentes na IFI, dos quais, desconsiderando-se os dois que foram soropositivos apenas no ELISA e IFI, resultaram três cães (3/10) soropositivos no DPP e ELISA, conforme o protocolo atual preconizado pelo Ministério da Saúde. Também foi feita a comparação entre os testes de diagnóstico para verificar acurácia e valor kappa. Ao considerar somente resultados positivos no DPP e IFI, a acurácia aumentou para 94,6%, com um valor Kappa=0,375, ou seja, com uma concordância considerável. Conclui-se que a pesquisa em áreas do RS sem diagnóstico de LVC revelou a presença de cães sororreagentes em quatro municípios do estado: Cachoeira do Sul (2), São Francisco de Assis (1), Dom Pedrito (1) e Rio Grande (1).
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Hirschmann, L. C., Brod, C. S., Radin, J., Simon, C. F., & Recuero, A. L. C. (2015). LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA: COMPARAÇÃO DE MÉTODOS SOROLÓGICOS EM CÃES DE ÁREA INDENE DO RIO GRANDE DO SUL NO BRASIL. Revista de Patologia Tropical, 44(1). https://doi.org/10.5216/rpt.v44i1.34799
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