Um volume expressivo de rastros de nossas ações é gerado, monitorado e tratado cotidianamente na internet constituindo imensos arquivos sobre nossos modos de vida. Estes rastros digitais vêm sendo apropriados por diversos campos: vigilância, publicidade, entretenimento, serviços, etc. Eles também vêm sendo valiosa fonte de pesquisa nas ciências humanas e sociais. O valor desses rastros está atrelado ao conhecimento que possibilitam e há, neste domínio, uma série de embates. Este artigo confronta dois modelos de conhecimento, os quais têm implicações diferenciadas para uma política dos rastros digitais. O primeiro, vigente nos aparatos comerciais e policiais, concebe o rastro como evidência atrelada ao indivíduo e/ou a padrões comportamentais. O segundo, objeto maior de nosso interesse e inspirado na teoria ator-rede, entende os rastros como inscrições de ações que permitem descrever a formação de coletivos sociotécnicos.
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Bruno, F. (2013). Rastros digitais sob a perspectiva da teoria ator-rede. Revista FAMECOS, 19(3), 681. https://doi.org/10.15448/1980-3729.2012.3.12893
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