O objetivo deste estudo foi comparar os afetos da mãe nos grupos com e sem depressão. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, exploratória, com delineamento de quatro estudos de caso. A pesquisa foi realizada na residência das participantes e a amostra foi constituída por quatro mulheres do Estado de São Paulo, sendo duas que tiveram depressão pós-parto e duas que não tiveram. Os instrumentos utilizados foram à Entrevista Semidirigida, um Questionário Sociodemográfico e a Escala de Depressão Pós-Parto de Edinburgo, aplicados na residência das participantes. Os resultados foram apresentados a partir da análise de conteúdo e discutidos conforme a literatura especializada, revelando que este é um período sentimentos ambivalentes em relação a si mesma, à gestação, às relações sociais e ao futuro. Independente da existência ou não do diagnostico de depressão, houve necessidade de enfrentamento de conflitos individuais e sociais em todas as participantes durante todo o ciclo gravídico puerperal. Durante o período gestacional, todas as participantes passaram pelo processo de pré-natal, no entanto, as equipes concentraram-se, exclusivamente nas alterações fisiológicas, negligenciando os aspectos sociais e psicológicos, culturais. Sugere-se intervenções voltadas à promoção da saúde integral de mulheres durante o ciclo gravídico puerperal.
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Carvalho, M. T., & Benincasa, M. (2019). Depressão pós-parto e afetos predominantes na gestação, parto e pós-parto. Interação Em Psicologia, 23(2). https://doi.org/10.5380/psi.v23i02.57188
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