O objetivo deste estudo foi avaliar a eficiência da aplicação de recursos pelos municípios brasileiros nas ações de acesso aos serviços públicos de assistência à saúde prestados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e de alcance da efetividade desses serviços. Para isso, foram avaliados 4.598 municípios por meio do método de Análise por Envoltória de Dados (DEA, do inglês Data Envelopment Analysis), tendo sido utilizados, como variáveis-insumo, gastos com saúde, gastos com educação, renda, taxa de alfabetização e residências com saneamento e, ainda, o Índice de Desempenho do Sistema Único de Saúde (IDSUS), como variável-produto. Notouse que 6,1% dos municípios podem ser considerados referências na alocação dos insumos, visando à obtenção de melhores resultados no IDSUS, estando a maioria dos municípios localizada na faixa de eficiência entre 0,70 e 0,79 (máximo 1). São apontados, no estudo, os municípios benchmark e aqueles com piores resultados, para cada um dos seis grupos homogêneos. Sem as ineficiências reveladas, o resultado do IDSUS poderia ser melhorado em 1,08 ponto, em média. Evidencia-se que possuir melhor resultado no IDSUS pode não significar maior eficiência na alocação de recursos, fato observado nos municípios com piores resultados nesse índice.
CITATION STYLE
Portulhak, H., Raffaelli, S. C. D., & Scarpin, J. E. (2018). A Eficiência da Aplicação de Recursos Voltada à Saúde Pública nos Municípios Brasileiros. Contabilidade, Gestão e Governança, 21(1), 21–39. https://doi.org/10.21714/1984-3925_2018v21n1a2
Mendeley helps you to discover research relevant for your work.