O artigo parte da perspectiva histórica, contextualizando a universidade brasileira até o momento contemporâneo, discutindo como se constituiu e os rumos que vêm se estabelecendo a partir da perspectiva neoliberal. Nesse particular, o modelo francês napoleônico, implantado no Brasil com a vinda da corte portuguesa, visando, principalmente, à formação profissional, aos poucos foi cedendo espaço, em algumas instituições, ao modelo humboldtiano, cujo principal objetivo era o desenvolvimento máximo da ciência. O fato de a Universidade estar imersa em um processo histórico atravessado por contradições, faz com que traga as marcas dos diferentes tempos. Na perspectiva aqui posta, ao término da segunda guerra mundial passamos a assistir o surgimento de um novo modelo de universidade, motivado pelas tecnologias e pelo processo de globalização econômica, que é o modelo norte-americano, que invade a educação superior de muitos países, dentre eles o Brasil. No espaço europeu, a Declaração de Bolonha vem selar um novo modelo de universidade que também insere as universidades europeias no processo de globalização tendo dentre suas prioridades o aumento da competitividade. Essas mudanças influenciam de forma direta a formação profissional no sentido amplo e a formação de professores no sentido estrito. Ao vislumbrarmos esse panorama nos questionamos: quais os rumos da educação brasileira? Por onde poderemos andar? Como serão traçadas as políticas para a Educação Superior? Como vamos superar ou avançar em relação ao processo de mercantilização do ensino e da pesquisa na universidade? São questões postas neste artigo que têm servido de pano de fundo às reflexões aqui apresentadas.
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Canan, S. R., & Sudbrack, E. M. (2018). A UNIVERSIDADE BRASILEIRA E AS POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO SUPERIOR NO TERRITÓRIO IBERO-AMERICANO: AVANÇAMOS? HOLOS, 2, 333–350. https://doi.org/10.15628/holos.2018.5429
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