Este artigo analisa a opinião apresentada por Adrienne Asch em "Diagnóstico pré-natal e aborto seletivo", presente na coletânea deste mesmo volume da Revista Physis. A posição de Asch, acerca do caráter discriminatório do aborto seletivo, será apreciada a partir da qualidade de sua retórica argumentativa. Em seguida, será revista à luz da realidade sociocultural do Brasil, país periférico, caracterizado, para fins de comparação com os Estados Unidos, como país de legislação proibitiva para o aborto, de incipiente mobilização política organizada das pessoas deficientes e no qual a história de doutrinas e práticas eugênicas percorreu outras trajetórias.The article analyzes the opinion presented by Adrienne Asch in "Prenatal Diagnosis and Selective Abortion" in this issue of Physis. We begin by discussing the author's position on the discriminatory nature of selective abortion, based on the quality of her argumentative rhetoric. We then proceed to review her position in light of Brazil's socio-cultural reality as a peripheral country which is characterized (as compared to the United States) as having restrictive legislation in relation to abortion, incipient organized political mobilization by people with disabilities, and a distinct history of eugenic doctrines and practices.
CITATION STYLE
Barros, A. (2003). Limites à condenação do aborto seletivo: a deficiência em contextos de países periféricos. Physis: Revista de Saúde Coletiva, 13(2), 273–286. https://doi.org/10.1590/s0103-73312003000200004
Mendeley helps you to discover research relevant for your work.