O artigo aborda a diversidade do campo de saber do autismo em diferentes épocas e discute as bases epistemológicas que norteiam as noções de espectro e de estrutura autística, provenientes do discurso da ciência e da psicanálise de orientação lacaniana, respectivamente. Situa o percurso histórico da noção de autismo desde sua fundação no campo da psicopatologia clássica e sua evolução segundo uma abordagem psicodinâmica, junto aos analistas pós-freudianos. Identifica o autismo nas diferentes versões do DSM, no qual ele é reduzido a um déficit do neurodesenvolvimento. Examina a hipótese do autismo como estrutura clínica e discute alguns aspectos da sua distinção com relação à psicose. Demonstra o compromisso da pesquisa e da aplicação da psicanálise ao autismo, desde os anos cinquenta do século XX, enfatizando seus aspectos teóricos, éticos e clínicos.
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Barroso, S. F. (2020). O AUTISMO PARA A PSICANÁLISE: DA CONCEPÇÃO CLÁSSICA À CONTEMPORÂNEA. Psicologia Em Revista, 25(3), 1231–1247. https://doi.org/10.5752/p.1678-9563.2019v25n3p1231-1247
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