O livro Representando a alteridade, organizado por Angela Arruda, vem preencher um espaço necessário às discussões em Psicologia Social. Reunindo pesquisadores cujas linhas de pesquisa são voltadas para temas diversos, ele consegue ter clara-mente um eixo central de discussão teórica: a contribuição da teoria das representações sociais ao campo das relações com o outro. Con-ceber o sujeito como produto e produtor social implica, necessaria-mente, ter como preocupação básica o estudo das relações que ele estabelece com o outro-entendidas como constitutivas do eu-e os sentidos que o outro assume nas diversas culturas. Logo na apresentação do livro, entretanto, Moscovici chama a atenção do leitor para a distância que separa a aceitação desse pres-suposto e as dificuldades que a noção do outro impõem. Dificulda-des essas que abrangem a compreensão que se tem do que se deno-mina como outro, a gama de especificidades das relações que estabe-lecemos com o outro (por vezes, ausente ou negado em sua condição de sujeito) e o conjunto de idéias, noções e significados subjacentes à percepção imediata que temos do outro. É considerando tais dificuldades que os autores tentam explorar a noção do outro a partir da teoria das representações sociais, articu
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Santos, M. de F. de S. (1999). Representando a alteridade. Estudos de Psicologia (Natal), 4(2), 375–382. https://doi.org/10.1590/s1413-294x1999000200012
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