Quitosana: derivados hidrossolúveis, aplicações farmacêuticas e avanços

  • Silva H
  • Santos K
  • Ferreira E
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Abstract

Recebido em 15/3/05; aceito em 3/8/05; publicado na web em 14/3/06 CHITOSAN: HYDROSSOLUBLE DERIVATIVES, PHARMACEUTICAL APPLICATIONS AND RECENT ADVANCES. Chitin and chitosan are copolymers build from N-acetyl-D-glucosamine and D-glucosamine. The former is widely found in nature and yields the latter on deacetylation. The copolymers are being used for several purposes. Since 1977, when the First International Conference on Chitin and Chitosan was held in Boston, USA, the interest on chitin and chitosan has remarkably increased. This review emphasizes pharmaceutical applications of chitosan and its derivatives, and presents recent advances. Some therapeutical applications of these polymers are also discussed. INTRODUÇÃO Quitina e quitosana são copolímeros constituídos por unidades N-acetil-D-glicosamina e D-glicosamina em proporções variáveis, sen-do que o primeiro tipo dessas unidades predomina no caso de quitina, enquanto quitosana é composta predominantemente, por unidades D-glicosamina 1 . A quitina é o segundo polissacarídeo mais abundante na natureza depois da celulose, sendo o principal componente do exoesqueleto de crustáceos e insetos; sua presença ocorre também em nematóides e parede celular de fungos e leveduras 1 . A quitosana pode ser obtida a partir da quitina por meio da desacetilação com álcalis, podendo também estar naturalmente presente em alguns fungos, como aqueles pertecentes aos gêneros Mucor e Zygomicetes 2 . De acordo com o grau médio de acetilação (GA), parâmetro empregado para caracterizar o conteudo médio de unidades N-acetil-D-glicosamina de quitina e quitosana, podem-se obter diversas quitosanas variando-se, assim, suas propriedades físico-químicas, como solubilidade, pKa e viscosidade 3 . Geralmente, é difícil de se obter quitosana com elevado grau de desacetilação, pois, à medida que este aumenta, a possibilida-de de degradação do polímero também aumenta 4 . A Figura 1 repre-senta as estruturas químicas parciais da quitina e quitosana. O emprego de quitina e quitosana e a pesquisa por novas apli-cações têm aumentado exponencialmente em diversas áreas, como na agricultura e indústria de alimentos, mas, especialmente, na in-dústria farmacêutica, no desenvolvimento de cosméticos 5-12 e bioma-teriais, tais como géis, filmes e membranas poliméricas 13-17 . De acordo com Khor 18 , um aspecto importante na utilização de quitosana diz respeito à sua produção a partir da quitina. Esta deve ser realizada de forma adequada, de maneira que garanta, ao final do processo, a obtenção de quitosana com alto grau de pureza, sobretudo isenta de contaminantes, como proteínas, endotoxinas e metais tóxicos. Neste âmbito, é válido ressaltar que o polímero obtido deve ser caracterizado adequadamente quanto à massa mo-lar, grau de acetilação e distribuição deste grupo ao longo da ca-deia polimérica. Estas características podem influenciar na biodegradabilidade do mesmo, principalmente na acessibilidade enzimática, influenciando a hidrólise do polissacarídeo.

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Silva, H. S. R. C., Santos, K. S. C. R. dos, & Ferreira, E. I. (2006). Quitosana: derivados hidrossolúveis, aplicações farmacêuticas e avanços. Química Nova, 29(4), 776–785. https://doi.org/10.1590/s0100-40422006000400026

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