Resumo Partindo do pressuposto de que as relações de poder são contextuais, históricas e em constan-te transformação, este artigo tem como objetivo refletir sobre a passagem da chamada sociedade disciplinar para a sociedade de controle. Tomaremos como referência o "mundo do trabalho" por entendermos que nele testemunhamos a constituição de um novo processo de subjetivação em que a disciplina, antes circunscrita em um sistema fechado-no caso em questão, a fábrica-, deu lugar a formas de controle que se estendem por todas as esferas da vida social. Para nós, o suporte discursivo desse novo dispositivo de poder seria o discurso do trabalhador como "empreendedor de si mesmo". Iniciaremos nossa discussão versando sobre a analítica do poder de Foucault, mais precisamente sobre a noção de sociedade disciplinar que teria tido seu apogeu no início do século XX e desde então teria perdido força e cedido lugar à sociedade de controle, esta noção melhor desenvolvida por Deleuze. Nesse sentido, refletiremos sobre a ocorrência de um novo processo de subjetivação e como novas formas de controle passam a ser exercidas no mundo do trabalho. Palavras-chave: Poder disciplinar. Sociedade de controle. Subjetividade. Relações de trabalho. Introdução Partindo do pressuposto de que as relações de poder são contextuais, his-tóricas e em constante transformação, este artigo, aqui apresentado na forma de ensaio bibliográáco, tem como objetivo reeetir sobre a passagem da cha-mada sociedade disciplinar (XVIII-XX) para a sociedade de controle. Toma-remos como referência o "mundo do trabalho" por entendermos que nele
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Barbosa, A. M. e S., & Martins Jr., A. (2012). Da disciplina ao controle: novos processos de subjetivação no mundo do trabalho. Política & Sociedade, 11(22). https://doi.org/10.5007/2175-7984.2012v11n22p75
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