Post-fire phenology in a campo sujo vegetation in the Urucum plateau, Mato Grosso do Sul, Brazil

Abstract

Studies on the herbaceous and sub-shrub layer of cerrado showed the occurrence of modifications in its composition between different regions, demonstrating sensibility to changes in climate, soil and intensity of fires, among other factors. The aim of this study was to describe the phenological variation in a campo sujo vegetation in the Urucum plateau. We established eight transects of 250 m each, 50 m apart. We sampled all flowering and fruiting species located at least three meters from each side of the transect. Beginning in October 2007, one month after an accidental fire occurred in the study site, we analysed flowering and fruiting plants in the transects' area. The intensity of the flowering and fruiting phenophases was not uniformly distributed. This study provide us information about the possible fire influence on the reproductive patterns of the community, presenting flowering peaks in October and November, two months after this event. Regression analysis with monthly rainfall also provides us information about the influence of climate data on the flowering and fruiting peaks.Estudos sobre o componente herbáceo-subarbustivo do cerrado indicam a ocorrência de grandes mudanças na sua composição entre diferentes regiões, demonstrando tratar-se de uma flora sensível a variações de clima, solo, intensidade de queimadas, entre outros fatores. O objetivo deste estudo foi descrever as variações fenológicas em uma comunidade vegetal de campo sujo de cerrado do maciço do Urucum. A amostragem foi feita com oito transectos de 250 m, distantes 50 m entre si, nos quais foram amostradas todas as espécies de angiospermas floridas ou frutificadas que se encontravam distantes até no máximo três metros de cada lado, no total de 0,6 ha. A partir de outubro de 2007, um mês após uma queima acidental na área de estudo, foi feito acompanhamento mensal das fenofases de emissão de flores e frutos nas plantas que se encontravam na área do transecto. A intensidade de floração e frutificação não foi uniformemente distribuída. Os dados indicam possível influência da queima na atividade reprodutiva da comunidade ao se observar os picos de floração em outubro e novembro, dois meses subsequentes ao evento. Análise de regressão com a precipitação mensal demonstra ainda influência dos dados climáticos nos picos de floração e frutificação.