Este estudo investiga a prática de gerenciamento de resultados na modalidade Income Smoothing nas cooperativas de crédito no Brasil filiadas ao Sistema de Crédito Cooperativo (SICREDI). A amostra é composta por 149 cooperativas, com dados semestrais referentes ao período de 2001 a 2011, totalizando 2.300 observações. O modelo de dados em painel foi estimado por efeitos fixos, e utilizou-se o método de Mínimos Quadrados Generalizados Factíveis, considerando as correções para heterocedasticidade e autocorrelação. Os resultados sinalizam a utilização da discricionariedade contábil para suavizar os resultados, ou seja, o resultado estatisticamente positivo e significativo permite inferir que quanto maior o resultado não discricionário, maior tende a ser a despesa líquida com provisões para operações de crédito. Este resultado corrobora a percepção de analistas do Banco Central do Brasil de que as instituições financeiras brasileiras, independentemente de ser banco ou cooperativa de crédito, optam por suavizar os resultados. A principal contribuição deste estudo é constatar que as cooperativas de crédito filiadas ao Sicredi, um dos maiores sistemas cooperativistas de crédito, também optam pela estratégia de gerenciar os resultados contábeis, assim como o Sicoob e as cooperativas de crédito solidário já pesquisadas. Tais resultados sustentam a proposição de que a redução da flutuação dos resultados é benéfica para as instituições (Trueman e Tilman, 1988; Moyer e Shevlin, 1995), a qual pode ser aplicável ao cenário atual das cooperativas brasileiras.
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Bressan, V. G. F., Bressan, A. A., & Silva, J. M. da. (2016). GERENCIAMENTO DE RESULTADOS EM COOPERATIVAS NO BRASIL: AVALIANDO O INCOME SMOOTHING ÀS FILIADAS DO SICREDI. Advances in Scientific and Applied Accounting, 9(3), 283–300. https://doi.org/10.14392/asaa.2016090303
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